Leo - Gravar em espanhol foi um grande desafio, com momentos realmente complicados, mas que nos trouxeram ótimos frutos. As músicas estão até hoje entre as dez mais tocadas em muitos países da América Latina.
Fomos convidados pela Sony pra gravar e tomamos um susto, porque não falávamos nada em espanhol, e até hoje não falamos muito! (rs). Fizemos um intensivo de espanhol de três meses e entramos em estúdio. Tivemos muito trabalho para interpretar as canções pela falta de costume com a língua espanhola, mas deu certo e ficamos felizes com a oportunidade.
Agora demos uma pausa, porque a agenda no exterior estava ficando cada vez mais cheia e teríamos que diminuir os trabalhos no Brasil. Optamos em dar mais atenção para o mercado nacional!
Comércio - Por que a dupla não fala nada sobre a vida pessoal e como conseguem se manter longe dos holofotes, mesmo com tamanha fama e sucesso?
Leo - Temos uma ideia bem formada que existem dois lados, o Victor e Leo, e o Leonardo e o Vitor, que tem uma vida comum, preservamos ao máximo nossa vida pessoal por uma escolha. Cada um pensa de uma forma, e age de acordo com o que pensa, temos família e nunca quisemos abrir esse lado.
Comércio - As músicas que o Victor compõe soam aos nossos ouvidos como uma expressão da alma. De onde vem a inspiração? São histórias vividas por ele mesmo ou apenas divagações de quem busca respostas para a vida?
Victor - Como bem diz o escritor Rubem Alves, a inspiração é uma idéia que a gente não sabe de onde vem. Inspiração não escolhe hora nem onde. Mas no meu caso, só vira canção aquilo que foi emoção verdadeira, seja baseada em vivências próprias ou não.
Comércio - A música Deus e eu no Sertão parece falar de uma relação que realmente existe entre o humano e o divino. Vocês são parte dessa relação? Pensam em gravar também música gospel?
Victor - Cada pessoa sente uma canção de sua forma, de um jeito próprio. O importante é que se sinta bem. Não há nenhuma intenção religiosa ou filosófica em Deus e eu no Sertão. Ela surgiu apenas como uma ferramenta de paz para nós mesmos e depois, quando a gravamos, as pessoas disseram sentir-se em paz também. Isso é o bastante.
Comércio - Antes de se tornarem conhecidos a dupla cantou 14 anos na noite. Em algum momento acreditaram que se tornariam essa ‘febre‘ no País?
Victor - Continuamos fazendo o que amamos e isso é o mais importante. Sempre fomos muito felizes com música. Fama e dinheiro não são sucesso. São conseqüências e exigem responsabilidade. Sucesso é fazer o que se ama. Nossas canções chegaram primeiro que nossa imagem e isso se deu em meados de 2006. Em 2007, quando gravamos o primeiro DVD, Ao Vivo em Uberlândia, consequentemente, nossa imagem ficou associada às canções.
Fonte: Jornal Comércio da Franca.
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