segunda-feira, 30 de julho de 2012

"Artista não nasce pra ser ajudado", afirmam Victor & Leo

Em entrevista ao Terra, dupla falou sobre o lançamento do novo DVD, 'Ao Vivo em Floripa'

Por Luisa Migueres

Os irmãos Victor & Leo formam uma das duplas mais bem sucedidas da músicas sertaneja desde 2007, quando foram lançados ao sucesso. Desde então, firmaram seu espaço na música popular brasileira e hoje lançam seu terceiro DVD, Ao Vivo em Floripa, gravado na capital catarinense, uma das regiões preferidas da dupla no País.
Repleto de parcerias, o DVD ainda traz novidades como a cantora Nice, que eles conheceram nos bastidores de um show em Guaçuí, no Espírito Santo, e que teve a oportunidade de dividir o palco do show cantando uma composição própria. No entanto, os músicos fazem questão de deixar claro que a intenção nunca foi ajudar ou apadrinhar novos artistas. "Alcançar o sucesso graças a um padrinho não é mérito nenhum", afirma Leo.
Em entrevista ao Terra, a dupla ainda fala sobre a fama, a falta de tempo que vem acompanhada dela e afirmam que gostariam que houvessem mais cantoras como Paula Fernandes no Brasil.

Terra - Como foi diferente esse show do DVD Ao Vivo em Floripa?
Victor - Uma das diferenças é que a gente resolveu fazer esse DVD 20 dias antes. Em apenas 20 dias a gente tinha que produzir, arranjar e movimentar toda uma equipe pra fazer acontecer. E aquela é uma estrutura que exigiria muito mais tempo para ter um êxito garantido.

Leo - Mas já sabíamos que seria em Floripa há mais de um ano.

Victor - Todos os shows no Sul são maravilhosos desde 2007, quando nosso trabalho ficou mais conhecido. A gente tem uma relação muito peculiar e positiva com todas as regiões do País, mas no Sul, a educação, a cultura... Teve uma receptividade enorme com a nossa música. E um dia a gente tava sobrevoando Floripa após ter feito um show lá e viu aquela ponte. Então demos por certo que gravaríamos um DVD lá. E a gente está sempre alternando. Um ano em estúdio e um ano gravando ao vivo, e aí ficamos dois anos em estúdio e já sabíamos que o próximo ao vivo seria lá.

Terra - Vocês costumam se envolver em toda a concepção do show?
Leo - De tudo, desde o cenário até a luz, a parte musical... A gente é meio chato demais, sabe? Temos dedo em tudo. O diretor é um cara supercompetente, a gente já tinha trabalhado com ele, temos uma confiança muito grande no Santiago. E ele sabe que a gente gosta de opinar em tudo. Tanto nas luzes, no cenário, no palco, colocação, capa, foto... Participamos de todas essas questões dos nossos discos.

Terra - Notei que a agenda de vocês atual costuma ter quatro shows e uma pausa. O que vocês fazem nesses dias?
Leo - Hoje é uma pausa (risos). Desde 2007, 2008, quando a gente apareceu no mercado e nossa música se tornou conhecida, a gente teve uma agenda muito corrida, cheia de compromissos. Fazíamos mais shows do que hoje, era uma questão de escolha. Uma série de questões influenciaram nisso. A partir de 2010 - eu tenho família, filhos, esposa, o Victor também tem as questões pessoais dele que influenciam muito - a gente teve uma reunião e decidiu viver um pouquinho mais. Então fizemos uma reunião e hoje temos uma agenda mais enxuta. Quando passam de cinco shows por semana, já passou da média. Nos dias de folga também temos compromisso, de divulgação, visitamos rádio, viajamos... Daqui pra frente acredito que será sempre assim.

Terra - Como se deu a parceria entre vocês e o Pepeu Gomes no DVD?
Victor - No decorrer do disco, a gente tem várias canções próprias e algumas regravações como releituras. Essas regravações são baseadas na história que elas têm conosco, as tocamos nos bares, elas nos acompanharam em alguns momentos. E tocávamos Sexy Iemanjá há 20 anos. Uma hora a gente tinha que regravá-la, e assim fizemos no ano passado. E o Pepeu foi muito elogioso, soubemos que ele havia gostado e queríamos tê-lo conosco no palco como uma referência de repertório, que achamos muito rico e pouco conhecido pelas novas gerações. Então tínhamos que tê-lo.

Victor - Foi mais fácil do que por encomenda, né Leo? A gente teve uma afinidade superbacana.

Leo - Batemos um papo com ele antes no camarim, conhecemos um pouco da história de vida dele. O Pepeu é um gigante, né? Um grande compositor, músico e cantor da música brasileira. É um cara que canta bem demais. No ensaio, dois dias antes, a gente já sabia que seria aquilo ali, que ela seria uma música marcante.

Terra - E as demais parcerias? Como vocês escolheram esses artistas?
Leo - A gente não convidou ninguém somente para estar ali ou com segundas intenções. Convidamos por termos uma história de admiração pelo trabalho. O Zezé e Luciano foi uma das duplas, assim como muitas outras, que nos influenciou. Então é uma referência que a gente tem. Temos uma admiração e um respeito muito grande pela história deles, e o convite já tinha sido feito há um tempo. Depois eles foram ao lançamento do nosso último projeto, Amor de Alma, em Uberlândia. Cantamos uma música juntos, então houve uma aproximação de uns anos pra cá, além da admiração profissional. A gente também sempre teve uma admiração grande pelo Thiaguinho. Quando ele era do Exalta, já o achava um grande cantor. Ele ia a shows nossos e começou a surgir uma amizade quando nos encontrávamos nos eventos. Sempre tivemos uma simpatia por ele muito grande. Essa música, Maluco, já existia há muito tempo. A gente decidiu chamar o Thiaguinho por achar que ela é a cara dele.

Victor - E pelo fato dela jamais ser gravada por nós (risos). Ela ficava sempre guardada, porque eu fiz ela meio pagodinho, mas jamais a gravaria. Não tem a ver intrinsecamente com a gente. Nós nunca fizemos um pagode.

Leo - Semprei adorei o Nando Reis também, as composições dele, a postura dele no palco. O rock nacional é uma grande referência pra gente.

Terra - A Paula Fernandes também ficou superfeliz com a participação no show. Como é a amizade dela com vocês?
Victor - A gente já se conhece há mais de dez anos, conhecemos a Paulinha desde novinha. Gravamos uma música dela no Ao Vivo em Uberlândia e de alguma maneira aquilo ali aproximou mais o nosso contato artístico. A partir de então, depois que ela ficou conhecida e ela gravou uma música minha chamada Não Precisa, as pessoas querem muito ver a gente cantando com ela a canção que gravamos primeiro, Meu Eu Em Você. E ela participou conosco do disco passado com uma canção chamada Sonhos e Ilusões em Mim.

Terra - Como é a relação de vocês com essa nova geração de artistas sertanejos?
Victor - Quase todos são muito solicitos, elogiosos. O Michel Teló já foi a muitos shows da gente, Gusttavo Lima também... Todos eles, dessa nova geração, respeitam muito nosso trabalho.

Terra - Podem contar um pouco da história de vocês com a aquela cantora que aparece no DVD? Vocês a conheceram nos bastidores de um show?
Leo - Ela se chama Nice e a conhecemos no nosso camarim em um show em Guaçuí, no Espírito Santo. Ela entrou querendo nos apresentar uma música que ela queria que a gente gravasse. Ficamos realmente encantados com o timbre de voz dela. Pedimos que ela entrasse em contato conosco depois, para conhecer o trabalho dela. Aí ela enviou um CD com músicas que ela compôs e a convidamos para ir a um ensaio nosso em Floripa. Foi quando conhecemos mais da história de vida dela, que é fantástica. História vencedora, de uma pessoa que sofreu preconceito por parte da sociedade, por não ter condição financeira privilegiada e, com o talento e arte, seguiu na música. Ela é uma guerreira e muito talentosa.

Victor - Já houve oportunidade de pessoas querendo fazer uma matéria conosco e com ela, mas a gente prefere que ela seja lançada sozinha, como grande cantora e compositora. Se nós fizermos isso agora, vamos virar os "padrinhos", e isso pra ela não é legal.

Terra - Vocês já pensaram em apadrinhar algum artista?
Victor - Essa coisa de ajudar é muito relativa. A Nice, pra nós, é uma exceção. Ela realmente nos encantou profundamente. Ela é diferente de tudo o que a gente já viu. As composições dela são muito maduras, de ficar de boca aberta. Ela tem uma forma simplista e, ao mesmo tempo, muito sofisticada de escrever músicas. Eu acredito que nessa história de ficar pegando artistas imaturos ou muito jovens e colocando esse pessoal exposto ao "sucesso", à fama fácil, à volúpia da internet... Acho isso muito perigoso. Isso não é ajudar ninguém, porque eu acho que o artista ele não nasce pra ser ajudado, e sim pra passar arte, e se ao passar essa arte ele chega até o público, ele tem méritos. Agora, se fica famoso com a grana de alguém ou com a ajuda de um padrinho, isso não é mérito nenhum. Ele tá levantando um troféu que não é dele.

Terra - Vocês costumam se incomodar com a falta de privacidade que a fama traz?
Leo - O que mais enche o saco pra mim é o julgamento das pessoas. Mas eu ligo muito o foda-se. Quando você a vida exposta, tem que estar muito atento ao que você faz e fala. E aí você não tem tanta liberdade de fazer o que quer. Mas o fato das pessoas me assediarem ou tirarem um pouco da minha privacidade, não me incomoda, até porque se tá na chuva é pra se molhar. Eu recebo de braços abertos.

Vocês sentem falta de mais cantoras sertanejas no Brasil?
Leo - Talvez exista uma carência de cantoras sertanejas. Mas não sei se sempre foi assim. Na época em que eu comecei a escutar música sertaneja, tinha a Roberta Miranda, a Sula Miranda, mas eram poucas. Acho que ficou um tempo sem novidade no mercado sertanejo feminino, e a Paula Fernandes veio numa hora excelente, trazendo uma música de qualidade, mudando uma vertente.

Victor - Seria bom se as outras cantoras fossem boas como ela. Se tiver coisa ruim, é melhor ficar sem (risos).

Terra - Nos shows, o Victor costuma ficar mais parado, tocando o violão e o Leo ocupando o palco. Isso é só uma limitação de instrumento ou reflete um pouco a personalidade de vocês também?
Leo - Desde criança eu sempre fui hiperativo. Meus pais tinham que ter cuidado comigo, e meus filhos também são assim. Na música, é mais pelas referências que tenho, pelo que eu gosto em um artista. Então eu sempre gostei muito de ver o Garth Brooks no palco, a Tina Turner... E do rock também, que é mais desencanado, faz o que tá a fim ali e (desculpe o termo) foda-se o que vão pensar.

Victor - No meu caso até tem a ver com a minha personalidade, porque eu sou mais quieto e tranquilo mesmo. Ao mesmo, eu faço todos os solos e todos os arranjos iniciais de todas as canções. Se eu tirar a mão do meu instrumento ou me dispersar em algum momento, o show desanda. Acho que o Leo faz o resto muito bem, ele tem uma presença de palco ferrada, como poucos artistas. Não tô enchendo sua bola não (risos). Eu fico muito tranquilo, entendeu? O cara tá muito bem na fita.

Leo - Se você for verdadeiro em cima do palco, isso é tudo, porque se for mentiroso, mais cedo ou mais tarde as pessoas vão perceber. O público sente quando é uma mentira. Isso é o mais importante.

Fonte: Terra.

Victor & Leo estarão na comemoração dos 22 anos da Cachaçaria Alambique em Belo Horizonte

Evento Especial:
Este ano o Alambique completa 22 anos e a festa será em grande estilo com open bar e open food em todo o evento. E a grande novidade é a venda de mesas em um espaço exclusivo bem na frente do palco com direito a garrafa de whisky Black Label na mesa.

Dia: 14/09/2012 às 22:00

Local: Mix Garden

Atrações: Rick e Ricardo, Victor & Leo, DJ.

Ingressos antecipados a partir de 02/08/12 no Alambique - Av. Raja Gabaglia, 3200, Belo Horizonte, (31) 3296-7188 e Nenety Eventos (acesse www.nenety.com.br).

Setor Único: Open Bar e Food: Vodka, Cerveja, Coquinho Alambique, Snow Caip, Citrus, Refri, Água, Espaguete na chapa, Churrasquinho, Pastéis e Caldos.

Mesas para 4 pessoas: Espaço reservado na frente do palco com garçon exclusivo, Garrafa de Whisky Black Label na mesa, além do Open Bar e Food: Vodka, Cerveja, Coquinho Alambique, Snow Caip, Citrus, Refri, Água, Espaguete na chapa, Churrasquinho, Pastéis e Caldos.

1º Lote:

- Setor Único - Feminino R$ 130,00 e Masculino R$ 170,00
- Mesa - R$ 1000,00

2º Lote:

- Setor Único - Feminino R$ 150,00 e Masculino R$ 190,00
- Mesa - R$ 1200,00

3º Lote:

- Setor Único - Feminino R$ 170,00 e Masculino R$ 220,00
- Mesa - R$ 1400,00

* Nesta dia não teremos nenhuma promoção.

Fonte: Cachaçaria Alambique.

Victor & Leo comparam funknejo a 'misturar café com gasolina'

Leo canta até Guns N' Roses no camarim, mas base é 'sertanejo de raiz'.
Em entrevista ao G1, dupla comenta o novo CD e DVD 'Ao vivo em Floripa'.

Fazer misturas com parcimônia é o lema dos sertanejos Victor & Leo para chegar à fórmula de sucesso desde 2006. Os irmãos mineiros de Abre Campo juntam o gosto pela música que ouviram na infância na roça com rock, forró e outros em hits como "Borboletas", de 2008. Mas certas junções não os agradam tanto. O duo lança o CD e DVD "Ao vivo em Floripa" e comenta sobre quem mistura funk carioca e sertanejo, em entrevista ao G1. "Pergunte a uma criança hoje: 'Você ouve música sertaneja?'. 'Ouço.' 'Canta uma.' Eu tenho medo do que ela vai cantar", exemplifica Victor Chaves
O disco promove encontros com a velha guarda sertaneja (Marciano, ex-parceiro de João Mineiro, falecido neste ano, Chitãozinho e Chororó, Zezé di Camargo e Luciano), a nova guarda (a amiga Paula Fernandes, a nova cantora Nice) e artistas de outros estilos (Thiaguinho, Nando Reis e até Pepeu Gomes, que toca com eles sua "Sexy Yemanjá"). Com Nando, cantam uma das seis inéditas, o reggae "Altas Horas". Apesar dos pulinhos do ex-titã, os pés da dupla seguem firmes em terreno rural.

G1 - Este disco tem muitos convidados de outros estilos. Vocês quiseram se aventurar mais por outros gêneros em especial neste disco?
Victor -
Não, isso é um reflexo do nosso trabalho desde o início, diversificado. A gente tem referência profunda da música folclórica sertaneja, de raiz, do bucolismo, e tem referência do rock, r&b, do blues. Aquilo que virou a nossa música é um conjunto dessas referências.

G1 - No sertanejo de hoje existem muitas misturas, com forró, funk, dance music. Vocês sentem essa maior facilidade de misturar hoje?
Leo -
Nem tudo que dizem ser sertanejo é sertanejo. Hoje, o nome está sendo usado. O cara dizer que é sertanejo não quer dizer que seja. O fato de o estilo estar sendo escutado, prestigiado, faz com que seja usado.

G1 - Mas qual é o limite? O que é sertanejo e o que não é?
Victor -
Sertanejo vem do sertão, a palavra diz tudo. O sertão mudou, então a linguagem mudou. Mas a forma de retratar precisa vir daquilo que você viveu, ter uma essência. A gente foi criado na roça. “Deus e eu no sertão”, “Vida boa”, “Sem trânsito, sem avião”, dizem respeito a isso. Uma parte boa do show é manter viva a chama da cultura sertaneja. Óbvio que existe uma parcela de referências pop rock. “Borboletas”, “Tem que ser você” são mais distantes.

G1 - Acha que pessoas que não viveram essa vida estão tentando fazer sertanejo sem conseguir?
Victor -
Pergunte a uma criança hoje: “Você ouve música sertaneja?”. “Ouço.” “Canta uma.” Eu tenho medo do que ela vai cantar.
Leo - [risos] Não cita o nome não.
Victor - Numa escola pública perto da minha casa eu estava escutando a criançada de seis, cinco anos, entrando ao som de palavras sensualizadas, tidas como “sertanejo”. Isso é um pouco preocupante em nível cultural. Em minha opinião, isso é um pouco de degradação cultural. Por isso chamamos para esse DVD o Marciano. Queremos fazer com que a música se renove a partir de sua essência. Mas o que está acontecendo aí no que se chama de música sertaneja é um engano.

G1 - Acham que é possível misturar sertanejo e funk carioca e continuar sendo sertanejo?
Victor -
Se você misturar café com gasolina, provar e achar bom, dê-se por satisfeito.
Leo - A minha resposta é não sei [risos].

G1 - Hoje no sertanejo quase tudo é ao vivo. Inclusive gravações em estúdio com acréscimo de gritos, como se fossem shows. Qual foi o limite de retoques que vocês impuseram para este lançamento?
Leo -
Eu e o Victor somos muito verdadeiros. Nunca colocamos voz de público que fosse falsa num disco nossa. A gente não se permite fazer isso.
Victor - Tem gente que é preciosista. “Nossa, tem uma nota mascada ali, que absurdo”. Absurdo é ir para o estúdio tirar a nota mascada, porque não aconteceu. No violão, prefiro deixar, mesmo que fique mais ou menos. Não sei se hoje ou sempre, a maioria dos artistas grava 100% em estúdio, o que eu acho desrespeitoso com o público.

G1 - Victor, você faz solos no violão como se fosse guitarrista. Quais te influenciam mais?
Victor -
Não vou citar guitarristas para não envergonhá-los [risos]. Eu não sou um guitarrista. Toco violão de um jeito meu. Aprendi sozinho a tirar um som. Tenho uma pegada que os meus músicos, estudados, falam: “É um guitarrista vestido”. Mas não sou estudado, muitas notas que toco eu não sei de onde saíram, o nome delas. Parte mais da alma do que da técnica.

G1 - Leo, e as suas referências além do sertanejo?
Leo -
Rock. Quando adolescente eu até cantava numa banda antes de formar a dupla com o Victor. Cantava músicas do Guns, Nirvana, Bon Jovi, Skid Row. Tenho isso no meu iPhone. E country também. Artistas que são mais enérgicos, brincam mais no palco, sempre tive como referência.

G1 - E nessa banda você conseguia atingir as notas do Axl Rose?
Leo -
Conseguia e consigo [risos].
Victor - No camarim, antes do show, de vez em quando o bicho manda ver...

Assista o vídeo da entrevista acessando http://globotv.globo.com/globocom

Fonte: G1.

Victor & Leo convidaram Chitãozinho e Xororó para participar do DVD novo menos de dois dias antes da gravação

Um dos destaques do novo DVD da dupla Victor & Leo, “Ao vivo em Floripa”, é a participação de outros nomes da música sertaneja e surpresas de outros ritmos, como Pepeu Gomes, Thiaguinho e Nando Reis. Entre todas, uma história, no entanto, se destaca: a de como Chitãozinho e Xororó entraram no projeto.
- Eles entraram quando a gente já estava ensaiando. Tivemos a ideia de eles cantarem uma música e ligamos um dia e meio antes do show. Eles aceitaram. Aí, ligamos de novo e explicamos que eles iriam cantar uma música inédita, e eles encararam. Decoraram tudo de um dia para o outro e foram superprofissionais. Não é à toa que são o quem são - explica Victor, que cantou “Boteco de esquina” com a dupla, música que tem trechos do sucesso “Fio de cabelo”.
Admirado pelos sertanejos antes mesmo de eles conquistarem a fama, Pepeu Gomes é outro que tem uma boa história ao lado de Victor e Leo. As músicas do cantor e compositor faziam parte do repertório da dupla na época em que eles faziam shows em bares de Belo Horizonte e São Paulo. Daí surgiu a ideia de incluir “Sexy Iemanjá” no novo trabalho.
- Essa música a gente cantava em bares, antes mesmo de a gente encarar a música como uma carreira. No ano passado, comentamos sobre as músicas dessa época, lembramos de “Sexy Iemanjá” e na hora tivemos a inspiração. Coincidentemente, depois de um mês, soubemos que a novela (“Mulheres de areia”, que tinha a canção como tema) iria voltar na Rede Globo. A gente tem uma história de referência musical com o Pepeu Gomes. Por essa e outras - relembra Leo.
Não foi apenas Pepeu Gomes que Victor e Leo resgataram de sua memória. Para dar um clima a Thiaguinho no palco, Victor recorreu a uma canção com tom de pagode que ele nunca imaginou gravar:
- Fiz de brincadeira uma vez em casa um pagodinho, e achei que ficaria guardado para sempre. Mas, quando pensamos no Thiaguinho, queríamos algo mais a cara dele. Mudamos um pouquinho a levada e achamos bacana gravar essa.
No meio de Nando Reis, Zezé di Camargo e Luciano e Paula Fernandes, um nome desconhecido do público faz uma bela apresentação no DVD: Nice, uma cantora que apresentou a música “Sem negar” a eles no camarim de um show. Encantados com a voz dela, eles quiseram não só a letra, mas a cantora em seu novo álbum.
- Quando a gente ouviu a voz dela, quisemos que ela fosse ao ouvido das pessoas. Acho que isso é um presente para a arte como um todo - defende Leo - É uma pessoa muito simples e sofreu dificuldades. Ela tentou entrar em vários corais e não conseguia entrar por preconceito. Então, ficava da janela escutando para aprender a cantar. É uma prova de que talento não precisa de posição social.

Fonte: Extra.

Fotos do show em Santo Antônio de Pádua/RJ - 29/07




Fonte: site oficial Victor & Leo.

domingo, 29 de julho de 2012

Assista ao teaser da música "Altas Horas"

Para assistir acesse www.facebook.com/victoreleo

Fonte: Facebook Victor & Leo.

Crucilândia/MG - 28/07




Fonte: www.victoreleo.com

Fotos do show em Carangola/MG - 27/07












DVD Ao Vivo em Floripa de Victor & Leo chega às lojas nos primeiros dias de agosto

A Ponte Hercílio Luz iluminada divide com Victor & Leo a capa do DVD Ao Vivo em Floripa, que chega às lojas de todo o Brasil pelos primeiros dias de agosto. Gravado na Beira-Mar Continental, em 28 de março deste ano, o espetáculo de luz e som mobilizou um público de cerca de 100 mil pessoas. Chegou a hora de conferir Florianópolis revelada sob mais de 50 toneladas de iluminação. O CD já está nas lojas.
Só para a ponte, foram apontados 24 canhões de alta tecnologia na noite de ravação. Em meio a 14 câmeras e mais de 200 metros quadrados de painéis de led, concentraram-se a vibração do público e as participações históricas dos ícones sertanejos Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano e Marciano. Foram quase quatro horas de música, seis canções inéditas de Victor e Leo e um passeio pelos 20 anos de carreira.
— Vamos guardar pra sempre a forma como Florianópolis nos recebeu. Foi como dizer para a gente 'vocês são daqui, são bem vindos'. Eu e o Victor respeitamos muito o público catarinense, a educação com que ele se porta no show. Foi isto nos fez pensar em gravar em Floripa, junto daquela vista privilegiada — relembra Leo, o caçula, quatro meses depois da gravação do DVD.
Em entrevista à Hora, por telefone, o cantor defendeu a inovação e a diversidade musical como segredo do sucesso da dupla, e foi duro na crítica ao mercado sertanejo atual:
— Nossa característica é inovar, ser original, porque hoje as pessoas fogem do que é difícil, preferem fazer o que está todo mundo fazendo, dá menos trabalho. A gente fica de olho nestas modinhas que surgem no mercado, mas é pra fugir delas, entendeu?
Victor & Leo Ao Vivo em Floripa traz 25 faixas e 10 participações especiais. Uma das inéditas, Não me perdoei, está entre as três mais tocadas nas rádios do país, desde maio. A diversidade fica por conta de intervenções como o reggae Altas Horas, em parceria com Nando Reis e Haroldo Ferretti (Skank), a guittarra de Pepeu Gomes, em Sexy Yemanjá, e uma mistura de samba e forró em Maluco, com Thiaguinho.
— Este DVD veio recheado com vários estilos musicais diferentes. É uma característica minha e do Victor, também. Retrata o que nós somos. Viemos de uma influência do sertanejo de raiz, mas com a presença do rock, blues, folk. É uma panela de temperos. O segredo é misturar bem.
A originalidade é um atributo que a dupla gosta de defender. Mas, efeito mesmo, mostram os versos que põem as mulheres em um pedestal. Os mais de três milhões de CDs e DVDs vendidos na carreira também são resultado de uma coleção de sutilezas, como "te daria um par de estrelas" "vivo mergulhado em você" e "o seu jardim sou eu", cantados pela dupla.
— Isso se dá muito pelas composições do meu irmão, que bebeu de uma água poética regional — garante Leo, sacando outra metáfora do repertório.
Para a dupla, cuidar da linguagem usada nas músicas é um propósito:
— A gente sempre primou pela qualidade musical. O que acontece é que a gente tem uma consciência. Quando você se torna um artista conhecido, a nível nacional, não só tem uma responsabilidade com o seu trabalho, com a sua música. Mais que isso, você tem uma responsabilidade com a sociedade. Você grava um CD, um DVD, e no outro dia tem uma criancinha de 8 anos na frente da TV escutando e vendo o que você faz. E a responsabilidade tem que ser assumida por artistas que têm a vida exposta, como eu e o Victor temos. Se a gente quer um país com mais educação, cultura, a gente tem que se preocupar com isso. Sem querer julgar quem não tenha isto, mas nós temos — diz Leo.

Ficha Técnica

::: DVD: Victor & Leo Ao Vivo em Floripa

::: Faixas: 25

::: Participações especiais: Haroldo Ferretti, Zezé Di Camargo & Luciano, Nando Reis, Pepeu Gomes, Paula Fernandes, Thiaguinho, Marciano, Chitãozinho & Xororó, Gabriel Grossi e Nice.

::: Locação: Gravado na Beira-Mar Continental, em Florianópolis, em 28 de março de 2012.

::: Gravadora: Sony Music

::: Preço Sugerido: DVD R$ 29,90 e CD R$ 19,90

Quem canta o quê

::: Zezé di Camargo & Luciano — Quando você some (inédita)

::: Nice (compositora) — Sem negar (inédita)

::: Pepeu Gomes — Sexy Yemanjá

::: Nando Reis, Haroldo Ferretti (baterista do Skank) e Gabriel Grossi (gaitista) — Altas Horas (inédita)

::: Chitãozinho & Xororó — Boteco de Esquina e Fio de Cabelo (pout pourri) e Beijo de Luz (inédita)

::: Thiaguinho — Maluco (inédita)

::: Marciano — Se eu não puder te esquecer

::: Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano — Ainda ontem chorei de saudade

::: Paula Fernandes — Meu eu em você e Sonhos ilusões em mim

Fonte: Hora de Santa Catarina.

Victor & Leo gravam DVD e contam porque escolheram fazer um som mais cru

A dupla Victor & Leo lançou, na última semana, seu novo CD, "Ao Vivo em Floripa". Gravado em Florianópolis, o DVD está previsto para o início de agosto.
Em entrevista ao UOL, a dupla explicou a escolha da cidade para o registro do DVD, já que há outras com mais tradição na música sertaneja, comentou sobre os convidados que participaram do projeto - no total, foram 8 -, e sobre a atual situação da música sertaneja, mais em evidência do que nunca, mas que segundo Victor, passa por uma fase "caótica".

Se comparado aos outros dois DVDs, o de Floripa é o mais despojado, o que mais se aproxima do show, sem correções, com vocês brincando o tempo todo. A imagem mais séria que a dupla sempre passou agora vai dar espaço a dois caras mais desencanados?
Victor - Não é que seja isso. Cada dia é um show diferente, em um a gente está animado, outros a gente está cansado, varia muito. O principal ponto é que o DVD é um show a ser registrado, e nesse caso de Floripa, foi uma apresentação muito para cima, muito animada, e o registro saiu assim. Quem frequenta nossos shows já viu outras apresentações como essa. E o lance é ser cru mesmo, sem mexer nas músicas depois ou utilizar alguma gravação pré-pronta. Você pode reparar até que saem algumas notas mastigadas no violão, e a gente acha isso muito legal, mostra de verdade como foi a apresentação.

Leo - Nós somos muito autocríticos, a vontade de melhorar é algo muito presente na gente. Nós ouvimos gente da equipe, da produção, perguntamos para pessoas de fora, ouvimos opiniões com o intuito de melhorar. A gente pensa muito naquilo que a gente ainda pode conquistar, e não no que a gente já conquistou. Acho que isso pesou para que o trabalho fosse positivo.

O momento mais marcante do DVD, pelo menos para quem gosta de sertanejo, é quando vocês reúnem Chitãozinho e Xororó, Zezé e Luciano e o Marciano no palco. Em alguns momentos, nota-se que vocês até somem de cena e ficam assistindo…
Leo - Cara, era isso mesmo. A gente virou espectador. Quem cresceu ouvindo eles fomos nós, e não o contrário. Nós éramos os anfitriões, mas eu não queria cantar, eu só queria escutar aqueles caras ali cantando do meu lado. Mais que um sinal de respeito, era a vontade de aproveitar aquele momento único. Eu só falava "agora o Chitão, agora o Marciano", eu queria mesmo é ficar olhando.

Porque Floripa?
Victor - Nós já fizemos grandes shows no Sul, inclusive em Floripa, e não foram poucas as vezes, isso sempre nos despertou atenção. A gente já tinha pensado em gravar algo lá, mas era só uma ideia. Um dia, sobrevoando a cidade, nós chegamos a conclusão de que o DVD seria ali e já começamos a produzir tudo, pensar em tudo. Tínhamos 20 dias para pensar em tudo, e conseguimos fazer a tempo.

Leo - Eu acho que foi o melhor show que eu já fiz. O tempo em Floripa, até um dia antes, tava ruim, chovendo, nada animador. No dia do DVD o céu ficou limpo, não choveu nada, saiu tudo perfeito. Acho que tudo conspirou para que a gente conseguisse fazer exatamente o que tava programado.

Nos outros trabalhos da dupla, o número de participações sempre foi pequeno. No novo DVD, foram oito convidados. Qual o critério de escolha para tantos artistas?
Victor - Foi questão de identificação com os artistas. Todos ali têm nossa admiração, e as músicas, na nossa opinião, combinavam muito com cada artista escolhido. Cantaram com a gente o Chitãozinho e Xororó, Zezé e Luciano, Marciano, Paula Fernandes, Thiaguinho, Pepeu Gomes, e uma moça nova chamada Nice. Nenhum convidado foi à toa. Ainda teve o Haroldo, do Skank, e o Gabriel Rossi, na gaita. Uma história boa é sobre a participação do Chitãozinho e Xororó. Nós decidimos convidá-los para gravar dois dias antes, eles participariam de "Fio de Cabelo", que estava no repertório. Toparam. Só que a gente desligou o telefone e pensou: porque não gravar uma inédita com eles? Ligamos de novo e eles toparam, apesar de também acharem que o tempo era muito curto. Resultado é que eles chegaram dois dias depois prontos, com a música quase toda pronta na cabeça, profissionalismo total.

A próxima música de trabalho vai ser "Quando Você Some", gravada com Zezé di Camargo e Luciano?
Leo - Ainda não dá para te responder não, a gente está decidindo, mas ela está na frente sim. Uns 90% que vai ser essa. Nós estamos também aproveitando para ouvir os comentários, ver a resposta das pessoas, principalmente no show. A resposta de quem já ouviu o disco também é importante, nos ajuda na discussão. Como ainda tem um tempo para virar a música nova, então a gente não fechou 100%.

Vocês não eram próximos do Zezé e do Luciano…
Victor - Não, nós não tínhamos quase nenhuma relação, até que fomos convidados para cantar no "Altas Horas" que foi feito em homenagem aos 20 anos da dupla. Ali, conhecemos os caras mais de perto, e os encontramos várias vezes em camarins, programas, e o laço foi estreitando. Na hora de escolher a música, achei a cara deles.

Desde que surgiram fazendo sucesso, cinco anos atrás, vocês nunca deixaram de fechar um ano pelo menos com uma música entre as dez mais tocadas. No mesmo período, ninguém ganhou mais dinheiro com composição do que o Victor. Como vocês veem a atual corrida atrás de hits, que tem resultado em uma série de "tchu, tcha, tcherere", alvo de diversas críticas?
Victor - Acho que tudo tem que ser respeitado. Não existe escolher algo para respeitar, você tem que respeitar tudo, independentemente do gosto. Música é uma expressão sua, e a forma com a qual você se expressa pode mostrar quem você é. Esse talvez seja o ponto a se prestar atenção. Eu já compus coisas que eu ouvi e percebi que jamais gravaria, que não tinha o perfil da mensagem que eu gostaria de passar.
Só que falando claramente, a realidade é que, no momento, o sertanejo vai muito mal, completamente em baixa. O momento da música sertaneja é caótico. O termo sertanejo está lá em cima, a música está lá no chão. Pelo que nós sabemos, o conteúdo poético é presente na história da música sertaneja, e hoje ele está praticamente morto. Nós tentamos segurar as pontas, fazer nossa parte, colocar um traço poético nas nossas letras. Só que o mercado está atrás de sucessos extremamente fáceis, e isso está sendo a bola da vez. Nós não embarcamos nesse mercado. Quem não sabe de onde veio, não sabe onde está.

Essa nova onda de músicas mais fáceis nunca incomodou vocês? Ou atrapalhou na criação de um novo trabalho? Não existe ao menos uma pequena pressão do mercado?
Leo - Pode até existir, mas não muda nosso trabalho. Desde que começamos a cantar, nós só escolhemos gravar músicas que nos emocionam, independentemente do que estão gravando. Nós crescemos ouvindo Trio Parada Dura, Zezé di Camargo e Luciano, Gian e Giovani, Chrystian e Ralf… nós nunca nos incomodamos profissionalmente com novos artistas ou músicas, nós só fazemos nossa parte e seguimos com nosso trabalho. A gente já gravou coisas diferentes, já gravou reggae, misturou outras influências, mas lembrando sempre que a principal intenção é emocionar.

Nas últimas semanas, sertanejos se manifestaram criticando o mercado, um deles foi o Jorge, do Jorge e Mateus, que chamou o meio de "podre". Vocês também veem assim?
Leo - Eu entendo o que ele quis dizer… de fato, hoje se compra tudo, e sem muito dinheiro você não faz nada. O cara compra a rádio, a festa, a exposição, a música, compra tudo. Só acho que isso não é novidade e é uma realidade da vida, não só do mercado. O capitalismo força a isso, são situações que acabam se tornando naturais. Eu acredito no tempo. O tempo vai mostrar para nós mesmos quem é verdadeiro.

Victor - Isso é da vida, é de qualquer mercado. Quando você põe seu filho na escola, você tem que ensiná-lo o justo, o que é certo ele fazer, pois sempre vai ter gente fazendo coisa errada. Em qualquer trabalho vai ter gente querendo te derrubar. Quando a gente tocava em boteco, acontecia muito, era até pior. Se a gente chegasse cinco minutos atrasados, já tinha dupla lá tocando no nosso lugar, e pior, até com nossos instrumentos. É uma realidade, pode incomodar, mas a vida é assim.

Fonte: UOL Entretenimento Música.

Viagem de ritmos com Victor & Leo

Uma dupla sertaneja? Victor e Leo preferem se intitular como um misto de música brasileira, que vai do romântico e bucólico ao sertanejo de raiz e às batidas modernas. Em entrevista exclusiva ao Diário, a dupla falou sobre o lançamento do DVD Ao Vivo em Floripa (Sony Music, R$ 29,90, em média) - que estará nas lojas a partir do dia 6 - e da fase amadurecida que vivem na carreira, focados em manter os fãs já cativos.

DVD - Depois de dois anos sem gravar trabalhos ao vivo, os cantores escolheram Florianópolis para ser palco da produção. "Por já ter vivenciado boas experiências de shows pelo Sul brasileiro, sentimos que a energia daquele povo resultaria num trabalho excelente. Consolidamos a ideia após um sobrevoo pela ponte da cidade (ponte pênsil Hercílio Luz) e percebemos que seria o cenário. A partir daí iniciamos os preparativos", explica Victor.
O DVD pode ser visto como um ‘boa roda de música', na qual a dupla trouxe diversos autores de canções brasileiras para prestigiar seu palco. O álbum tem 25 faixas, com alguns medleys e seis músicas inéditas - Não Me Perdoei, Quando Você Some, Sem Negar, Altas Horas, Beijo de Luz e Maluco. Das estreantes, cinco são de autoria de Victor e uma de Nice Silva, que teve participação especial.
Dos sertanejos de raio estão as duplas Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo & Luciano. Paula Fernandes divide os vocais com os amigos cantando uma de suas músicas, Meu Eu em Você. E para dar a cor diferente à linguagem musical, como Victor diz, Pepeu Gomes, Nando Reis, Nice Silva, Thiaguinho e Haroldo Ferretti (Skank), entre outros, deram suas pitadas de MPB, samba e até balanço do pop com reggae na gravação.
"Neste trabalho trouxemos a guitarra, que antes não tinha, para dar uma pegada mais forte, o que combinou perfeitamente com o público que estava ávido pela gravação", completa Victor.

Momento da carreira - Depois de temporadas mais intensas de shows pelo Brasil, chegando a ter agenda com mais de 230 apresentações, Victor & Leo admitem a preferência por uma fase mais tranquila da carreira, com direito a melhor dedicação à vida pessoal. "Estamos há 20 anos na estrada, mas ganhamos destaque forte a partir de 2007 e de lá para cá vivemos momentos de muito trabalho, o que às vezes, nos impedia de ficar com a família e até cuidar da saúde. Hoje amadurecemos para a ideia de dividir esse tempo e ter condições de pensar melhor em cada detalhe de um novo projeto", salienta Leo.
O cantor ainda pontua sobre a maneira meteórica que surgem nomes para o chamado ‘novo sertanejo'. "A qualidade musical no Brasil tem sofrido muitas mudanças e o público precisa perceber isso. A música sertaneja está próxima de perder sua essência. Acho que faltam mais duplas com estilo próprio de cantar. E essa é nossa preocupação ao pensar cada arranjo, instrumento e parceria que vamos trazer para o CD".

Fonte: DGABC (por Kelly Zucatelli).

Victor & Leo são destaques na revista Megafan

Fonte: Sony Music (via e-mail).

sábado, 28 de julho de 2012

Hoje tem show de Victor & Leo em Crucilândia/MG

Local: Parque de Exposições Antônio Duarte Penido - Rua João Fernandes de Souza, 01 - Bairro Vila São Vicente.
Informações: (31) 3574-1103 / (31) 3574-1182 / (31) 3291-5010.
Postos de vendas:

Crucilândia

- Casa lotérica Loto Mania - (31) 3574-1103
- Claro Mania - (31)3574-1453

Itaguara

- Agropecuária Andrade.

Fonte: João Wellington.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Festa do Leitão em São Gabriel do Oeste terá show Victor & Leo

São Gabriel do Oeste terá três dias de show a partir de 3 de agosto, na 19ª edição de uma das festas mais tradicionais de Mato Grosso do Sul, a do Porco no Rolete.
A abertura oficial será no dia 2, mas Marcos e Belutti abrem a programação musical no dia 3, que também tem Victor & Leo em 4 de agosto e Gino e Geno, no encerramento.
A música e a gastronomia são as principais atrações para o público, mas 50 produtores com mais de 12 mil matrizes também vão participar e alguns integrar competições peculiares, como a corrida de leitões e o “Pega Leitões”.
Para os animados, a passagem de ônibus até São Gabriel custa R$ 26,00 na empresa Andorinha, com saídas às 7h, 9h e 15h. Já os hotéis estão praticamente lotados.
A festa ocorre no Parque de Exposições da cidade e tem um concurso bem bacana, de incentivo aos músicos locais.
O FestOeste é um festival com duas eliminatórias ao longo dos dias de festa. As inscrições terminaram no dia 23 de junho.
Participam cantores com mais de 15 anos de idade , nas categorias popular e sertaneja, sem restrições para gênero desde que as canções sejam na língua portuguesa.
O prêmio para os primeiros colocados nas duas categorias é de R$ 3 mil, os segundos ganham R$ 2,3 mil e os terceiros R$ 1.5 mil.

Fonte: Aquidauana News.

Victor & Leo cantam hoje em Carangola/MG

Local: Parque de Exposições - Praça Rotary Clube, B. Santa Emília - entrada franca.

Fonte: Facebook Expo Carangola.

Show de Victor & Leo leva um grande público à arena de rodeios



Fonte: youtube.com/aquiagoranet

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Com críticas ao sertanejo atual, Victor & Leo lançam o DVD mais dançante da carreira

Álbum gravado em Floripa chega às lojas em agosto com seis inéditas; CD já está nas lojas

Por Paola Correa, do R7

Há quase seis anos, o nome de Victor & Leo tomou o mercado sertanejo e ajudou a impulsionar o segmento que antes era visto como “coisa de caipira” do interior.
Com 20 anos de carreira, a dupla conquistou nos últimos anos muito mais do que agenda lotadas, execuções nas rádios e prêmios musicais. Eles conseguiram realizar o sonho de levar música de qualidade para a casa das pessoas.
No novo DVD, Victor & Leo - Ao Vivo em Floripa, gravado em março em um show gratuito para mais de 100 mil pessoas, eles fizeram uma verdadeira festa, como se tivessem cumprido essa missão.
Bem mais espontâneos no palco e com um repertório bastante animado, os mineiros conseguiram fazer uma farra e falar de amor sem deixar de cantar sertanejo. Em entrevista ao R7, Leo afirma que o novo DVD mostra, nitidamente, o amadurecimento deles.
— Eu tenho um lado tímido, retraído. Talvez isso não tenha sido reparado nesses anos pelas pessoas, mas eu tenho. Tem seis anos que a gente faz música a nível nacional, temos nosso público cativo e temos consciência disso. Daí você desencana. Você sobe ao palco e não está preocupado se vão achar uma coisa, se está legal...
Essa postura mais solta no palco, Leo revela [acreditem] que vem do rock.
— O rock’n’roll é desencanadão. Eu tenho minha principal influência no sertanejo de raiz, mas gosto muito do rock. De artistas como Guns N' Roses, Eagles, Nando Reis, Skank, Jota Quest... Enfim, vários.
O novo trabalho, com seis faixas inéditas, não tem preconceito algum. Regravaram novamente Sexy Yemanjá, desta vez com Pepeu Gomes, chamaram Nando Reis e Haroldo Ferreti (Skank), para fazer um reggae (Altas Horas) e ainda cantaram um pagodinho de leve com Thiaguinho (Maluco).
O CD, com 17 canções, já está nas lojas. O DVD começa a ser vendido no próximo dia 6 de agosto e terá 25 faixas, além de extras com bastidores e entrevista com os convidados.
Um dos destaques do repertório é Quando Você Some, cantado com Zezé Di Camargo & Luciano, e a reunião de sertanejos (de verdade) – Zezé & Luciano e Chitãozinho & Xororó, além de Victor & Leo – com o ídolo sertanejo Marciano, nos clássicos Ainda Ontem Chorei de Saudade. Marciano ainda cantou Se Eu Não Puder te Esquecer, que Victor & Leo regravaram no álbum anterior, Amor de Alma.

“Prostituição” do sertanejo

O nome de Victor & Leo é citado toda vez que vem à tona a evolução musical do sertanejo. Apesar de depois deles ter imediatamente sido lançado o sertanejo universitário, quem conhece a trajetória e o repertório sabe que há uma diferença. Tanto, que os irmãos fazem parte do time que desaprova a salada que virou o sertanejo em que há de tudo no gênero, menos a essência do segmento.
Na entrevista sobre o novo DVD, Victor & Leo comentaram também sobre essa moda do sertanejo que acabou por minar o gênero musical. Leo vai mais longe e diz que o segmento está movido pelo dinheiro.
— Eu vejo a música sertaneja hoje mal interpretada e sem identidade. Apesar de ser uma música com uma história linda, que as pessoas deveriam tentar conhecer, mas hoje, pelo capitalismo, pelo dinheiro, ela vai perdendo um pouco dessa identidade. Hoje é muito fácil você dizer que é sertanejo. Não quero julgar ninguém. Se o artista está agradando alguém, é porque ele merece aquilo de alguma forma. No entanto, para o gênero sertanejo, na minha opinião, é um momento de prostituição absoluta.

Fonte: R7.

Victor & Leo comemoram 20 anos de carreira com CD e DVD

Victor & Leo já não pensam tanto na "água de oceano" só para beber, mas também para compor o cenário espetacular onde gravaram o novo trabalho, que chega às lojas no início de agosto. O lugar: avenida Beira-Mar Continental, em Florianópolis. O motivo: 20 anos de carreira. "Ao Vivo em Floripa" traz 17 músicas no CD, 25 no DVD, sendo seis inéditas e a estreia de uma voz feminina: Nice Silva, que pleiteia o posto de "primeira compositora negra do sertanejo".
"Estávamos sobrevoando a ponte Hercílio Luz e pensávamos em fazer algo para aproveitar aquele cenário. Surgiu a oportunidade. Foi um dia marcante. Tudo deu certo. Um dos melhores shows da nossa vida", lembra Leo, por telefone, de um hotel no Rio de Janeiro. São muitas novidades e também, como diria o Rei Roberto Carlos, "muitas emoções" para a dupla que já se consagrou no cenário artístico nacional. "Será mesmo?", duvida, humildemente, Leo.
Se a repórter não pode comprovar no "olhômetro" a fama da dupla nascida na cidade mineira de Abre Campo, os números estão aí para fazê-lo. Para o show na capital catarinense os mineiros reuniram 100 mil pessoas, em março deste ano. Certamente, isso significa ser querido e famoso.
Além disso, o casting de convidados para a empreitada reuniu nomes de peso do show business, como a cantora e amiga de longa data Paula Fernandes, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Marciano, além do pop-rock de Nando Reis, Haroldo Ferreti (Skank) e do guitarrista Pepeu Gomes. Dentro do liquidificador musical, ainda aparecem o pagodeiro Thiaguinho e o gaitista brasiliense Gabriel Grossi.
A máxima do mundo artístico de que chegar ao sucesso é uma coisa e mantê-lo é outra sempre está na mente na dupla. "Não dá para seguir sempre a mesma linha. É um tiro no pé. Ficamos de olho nas modas para fugir delas. Procuramos fazer diferente, desde a época em que cantávamos em barzinhos, como aí, em BH. Mas pouca gente procura isso. É mais fácil fazer o que todo mundo está fazendo", analisa.
A dupla começou a carreira em 1992, mas o grande sucesso que a fez despontar para a fama veio só em 2006. Em 2005, eles gravaram o terceiro CD produzido e arranjado pelos próprios irmãos intitulado "Victor & Leo ao Vivo", que espalhou-se pelo Brasil a partir de 2006, quando foi lançado. Estima-se terem sido pirateadas mais de 2 milhões de cópias do disco entre 2006 e 2007.
"Quando o artista se torna exposto tem uma responsabilidade com a sociedade, pois ele tem uma facilidade de influenciar pessoas. Gravamos uma música hoje e, amanhã, já tem uma criança ouvindo", diz Leo.
O músico afirma que tudo o que faz junto do irmão é com "respeito". "É muita covardia se o artista se render à fama, ao dinheiro e ao show business e se tornar omisso quanto ao respeito", ensina o cantor.
O álbum em questão também já pode ser encontrado no formato Mastered for iTunes por meio deste link (clique aqui). Estão lá 17 canções, entre elas "Amor de Alma", "Boa Sorte pra Você", e como não poderia faltar, "Água de Oceano".

Fonte: Hoje em Dia.

Victor & Leo, gravado em Florianópolis, chega às lojas em agosto com seis inéditas

Ao decidir gravar o terceiro DVD de sua carreira, a dupla Victor & Leo já havia escolhido a cidade que receberia a festa: Florianópolis. "Um ano antes da gravação, passamos pela ponte que liga a ilha ao continente e comentamos: "Que cenário lindo para um DVD”, conta Victor. Com essa intenção, em 28 de março deste ano, a dupla reuniu mais de 100 mil pessoas em um show gratuito no espaço Beira-Mar Continental e gravou o DVD Victor & Leo - Ao vivo em floripa, que começa a ser vendido no dia 6 de agosto.
Além de hits famosos da dupla, como Tem que ser você e Borboletas, os irmãos também apresentam ao público seis canções inéditas, sendo cinco de autoria de Victor. A primeira música de trabalho é Não me Perdoei. Além dela, outra que promete é Maluco, a mais animada das novas.

Estrelas

Os convidados escolhidos pela dupla também são destaque: Paula Fernandes, Thiaguinho, Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó, entre outros.
"No caso do Chitãzinho & Xororó, o convite foi feito apenas dois dias antes, e a participação deles foi muito especial”, explica Leo. O DVD mostra bem a atmosfera do show, que marcou a dupla. "Foi uma noite em que tudo deu certo, uma energia maravilhosa, nossa sintonia, quase tudo foi perfeito”, conclui Leo.
Além de colaborar com alguns arranjos para músicas do irmão Victor, Leo agora também tem se esforçado para escrever algumas letras para a dupla. "Hoje, eu até me arrisco a escrever algumas coisas e mando para o meu irmão”, conta ele. Segundo Victor, as letras do parceiro devem se tornar músicas da dupla em breve. Ainda não há nenhuma no DVD gravado em Florianópolis.
Como em todo começo, Leo afirma que se sente um pouco inseguro. "No início, ele ficava receoso de me mostrar as coisas que escrevia, mas, quando vi, fiquei impressionado”, revela Victor. Para Leo, o mais importante é que não existe uma obrigação de compor, e tudo acontece naturalmente.
Já Victor, que compõe desde jovem, diz que seu processo de criação é mais recluso e que só mostra ao irmão a novidade depois que ela está finalizada. "Na hora de compor e fazer o arranjo, eu penso em como a dupla vai interpretar isso."

Fonte: Divirta-se.

Público vibra com show de Victor & Leo na Expo Rondon

O show mais esperado da Expo Rondon 2012, realizada em comemoração aos 52 anos de emancipação política e administrativa de Marechal Cândido Rondon, aconteceu na noite de ontem (25). Milhares de pessoas estiveram na arena de rodeios onde a dupla sertaneja Victor e Leo encantou o público com uma apresentação espetacular. Desde as músicas mais conhecidas até as mais recentes, o público cantou e vibrou junto com a dupla.








Fonte: O Presente.

Entrevista de Victor & Leo para o IG

Por Marília Neves

Falta pouco para o DVD “Ao Vivo em Floripa”, de Victor & Leo, chegar às lojas. O novo trabalho da dupla, que entra no mercado no início de agosto (o CD já está disponível), traz um show com quase duas horas de música e transita pelo rock, reggae, samba e forró, sem perder a essência sertaneja dos irmãos.
Na gravação, que aconteceu em 28 de março em Florianópolis, a dupla contou com as participações de Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó, Thiaguinho, Marciano, Nice, Nando Reis,Gabriel Grossi, Haroldo Ferretti, Pepeu Gomes e Zezé di Camargo e Luciano. Aliás, a parceria entre os anfitriões e os filhos de Francisco na canção “Quando você some” é um dos destaques do álbum.
Assim como acontece em todos os outros trabalhos, da dupla, Victor e Leo optaram por seguir uma linha mais clássica (incrementadas com os solos de guitarra de Victor) e fugiram dos hits que tanto ganharam espaço na mídia nos últimos tempos, inclusive no exterior. E Leo explica essa fuga. “A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela”.
Em um bate papo com a coluna, além de falar do DVD, Victor e Leo analisaram o atual cenário musical. “Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo, tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é”, afirmou Victor.
Confira o bate papo com a dupla.

iG: Muitas vezes, o artista vê o resultado do trabalho e sente que poderia ter feito algo diferente. Vocês ficaram satisfeitos do novo DVD?

Leo: A gente é muito autocrítico. Sempre quando a gente faz um projeto novo, vão passando alguns dias, algumas semanas, a gente começa a enxergar uma ou outra coisinha que a gente, talvez, poderia ter feito diferente. Mas como é ao vivo, a gente deixa do jeito que foi feito. Cheios de suor, de camisa amarrotada, e a música às vezes com uma falha ou outra na sonoridade, na bateria, na guitarra, no violão, e voz também.

Victor: Eu adorei o resultado. Com o tempo, você acaba priorizando o todo. E o todo, na minha opinião, está maravilhoso. É um DVD sincero, franco, e como o Leo disse, ao vivo. A maioria das pessoas grava um DVD ao vivo em estúdio e bota como se fosse ao vivo. Essa não é nossa realidade e ela pode ser sentida assistindo.

iG: O DVD de vocês tem forró, samba, rock, reggae e, claro, sertanejo. Musicalmente falando, como vocês classificam esse trabalho? Em que categoria, que prateleira da loja, vocês o colocariam?

Victor: Colocaria no “V”, de Victor e Leo. Tem folk, rock, reggae…e ”V”. Que é isso? É uma mistura de um monte de coisa. Apesar de a gente ter na música sertaneja raiz a nossa maior essência, a gente tem em tudo quanto é estilo, seja brasileiro ou internacional, referências fortes. A gente ouviu de tudo, de Dire Straits a Tião Carreiro e Pardinho. Agora, somos caipirões, somos criados na roça, no campo. De alguma maneira, a parte mais forte da nossa música está na música sertaneja, que retrata o que a gente viveu de verdade.

Leo: Acho que isso é retrato do que eu e o Victor sempre fomos, mesmo antes de cantar. É um retrato do que a gente sempre se espelhou, sempre escutou. Dois adolescentes que cresceram ouvindo música sertaneja de raiz, trio Parada Dura, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico e uma série de outros nomes, e ao mesmo tempo Guns n’ Roses, Eagles, Bon Jovi, Dire Straits, Blues, várias outras vertentes musicais.

iG: Vocês citaram várias referências da música sertaneja e, recentemente, no aniversário de Milionário, muitas desses nomes mencionaram vocês como a dupla que seguirá no mercado. Como é ser reconhecido por aqueles em quem vocês se espelharam?

Leo: A gente recebe isso como um reflexo do que a gente faz, do que a gente tem implantado nesses anos todos. A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela.

Victor: Ao mesmo tempo a gente fica muito honrado, porque esses caras, como o Milionário, são referências fortes demais pra gente. Se hoje eles estão de alguma maneira reconhecendo nosso trabalho e elogiando, a gente retribui agradecendo a eles por serem um exemplo pra que a gente toque a carreira dessa maneira.

iG: Vocês tem as músicas mais clássicas, como você falou, fugindo do que é moda, do hit. Como é ver a Billboard americana, afirmar que o sertanejo está em alta, em ascensão, e não citar vocês?

Victor: A palavra sertanejo tem que vir do sertão. Se ela não vier do sertão de alguma maneira, ela é um engano de quem está achando que aquilo é sertanejo. Isso é nossa opinião. Tem um monte de coisa aí dita como sertaneja, que de sertanejo não tem absolutamente nada, nem o cabo da vassoura. A música sertaneja passou por diversas modificações, mas não perdeu sua essência. Se eu citar, dentro do nosso repertório, canções como “Deus e eu no sertão”, “rios de amor”, “noite estrelada”, “vida boa”, essas canções falam do sertão de uma maneira mais nova, entendível para as novas gerações, mas elas continuam lá, falando do velho fogão a lenha. De um tempo para cá, a palavra sertanejo veio perdendo seu sentido completamente. Eu respeito tudo, respeito até a falta de idealismo, mas não vou me misturar a ele e não vou ser conivente a isso.

Leo: Às vezes o cara nunca soube o que é música sertaneja, mas ele está falando que é sertanejo porque o gênero está em alta. Por um outro lado, todos os artistas que conquistaram um público fora do Brasil, é mérito do cara. A gente respeita e não se vê fora disso de uma forma incomodada. Se algum dia, a gente estiver lá, acho ótimo. Também não vou ser hipócrita e dizer que não quero meu nome citado na Billboard, pelo amor de Deus. Quero crescer o quanto eu consiga, acho que faço meu trabalho pra isso, pra alcançar, atingir mais pessoas, pra crescer. A gente respeita tudo, embora a gente não classifique todo mundo como sertanejo.

iG: Como vocês classificam, então?

Victor: Na verdade, a gente não classifica.

Leo: Particularmente, não me vejo em uma posição de classificar. Acho que é o público que tem que classificar.

Victor: Se quando você canta “Saudade de minha terra” e, aí, você canta uma outra coisa, dos tempos atuais, o que é sertanejo? Fica muito difícil, muito distante. Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é.

iG: Isso que vocês falaram de não vir do sertão, vocês também ouviram quando iniciaram a carreira. A primeira vez que participaram do Faustão, por exemplo, ele perguntou diversas vezes o que vocês faziam, se tinham vindo da roça, pediu para vocês cantarem sucessos antigos em vez de músicas de vocês. E, ali, vocês mostraram a que vieram. Vocês sofreram preconceito por não terem a história, por exemplo, de Chitão e Xororó, Zezé e Luciano?

Victor: Sim, nos próprios botecos. Nosso início em São Paulo, por exemplo, a gente já cantava há dez anos, e as pessoas nos botecos falavam: “esses caras aí, esses bonitõezinhos, não cantam nada”, antes mesmo de a gente cantar.

Leo: E a gente não tinha medo de ouvir não. Os caras hoje tem muito medo de ouvir não.

Victor: Se o cara não aceitava, dizia: “vocês cantam em uma região muito mediana, não gritam. Tem que gritar, malhar veia”. Nós estudamos canto cinco anos e aprendemos que cantar é o contrário de gritar. Culturalmente falando, a gente tinha que tomar uma dose a mais de paciência para poder mostrar o trabalho como ele era e conquistar nosso próprio público devagar.

Leo: A gente sofreu preconceito tanto na noite quanto quando a gente apareceu no mercado, que as pessoas…enfim, não vou dizer esse detalhe no Faustão, mas algumas pessoas nos viam como uma coisa nova, diferente do que estava acontecendo há algum tempo.

Victor: Acho que alguns artistas tem medo da rejeição, por isso que a maioria imita. Mas vou dizer, a gente não usava aquelas botas com bico fino. Tem um monte de dupla que usa, mas nunca foi o nosso estilo. Nem na roça a gente usava. A gente usava mais botina, tênis. Prefiro ser eu. Tem um monte de gente usando bota e chapéu, cantando gato por lebre.

iG: Vocês são um pouco avessos para falar de vida pessoal, e tem muito fã que gostaria de saber um pouco mais do que acontece com vocês longe dos palcos, por trás das câmeras. Até que ponto vocês acham que isso não pode atrapalhar na carreira, e de repente as pessoas taxarem vocês como metidos, arrogantes ou algo assim?

Leo: Na verdade, não sei se atrapalha na carreira. Acho que vai atrapalhar na vida pessoal. Vejo dessa forma. Eu tenho dois filhos e uma esposa, que eu evito expor excessivamente. Em algumas situações, já estive com Tatiane em alguns lugares, eventos, uma coisa natural, nada forçado assim: “vamos em tal evento para aparecer em tal revista…”.

Victor: Se por preservar minha vida pessoal, eu tiver que ser chamado de metido, eu prefiro preservá-la. Se alguém me pergunta uma coisa que eu não queira expor, eu prefiro ao invés de prejudicar alguém, ser taxado como antipático do que prejudicar meu lado pessoal. Ele é mais valioso. Porque meu trabalho é música. Se as pessoas querem saber quem eu amo, aí é um problema de quem quer saber, eu não tenho que contar. Respeito quem expõe, mas esse não é meu perfil, do meu irmão.

iG: Pra finalizar, queria que fizessem uma análise do mercado sertanejo hoje em dia e da carreira de vocês dentro desse mercado.

Leo: (pensa um pouco para falar) O mercado sertanejo, a música sertaneja, hoje é uma prostituição absoluta. Nego compra música, rádio, show, contratante, compra isso, compra aquilo, e se esquece do que o cara está fazendo por trás daquilo, que é a arte. Acho que é até bom tudo isso, a gente continua fazendo nosso trabalho aqui, com uma intenção bacana, como muitos outros continuam fazendo. Se um dia a gente voltar a ter, como a gente tinha em tempo de boteco, um casal escutando a gente em frente a um show, a gente não vai se vender. Vai continuar fazendo nossa música, sem fazer o que está rolando.

Victor: Sintetizando é isso aí. A música sertaneja está em baixa e a palavra sertaneja está em alta. É isso mesmo!

Fonte: IG.