No palco, Victor se incumbe do violão acústico e faz vários solos.
Explicar o por que um determinado artista se tornou um fenômeno de popularidade nem sempre é fácil, mas justificar o estouro de Victor & Leo não é tão complicado, após conferir com atenção uma performance ao vivo dos irmãos mineiros.
O primeiro ponto é a experiência deles como músicos da noite. Durante 14 anos, eles tocaram em bares de São Paulo e Belo Horizonte. No repertório, canções de diversos estilos. Quem atua nessa área sabe: o importante é agradar o público, custe o que custar.
Nesse tempo todo, Victor & Leo aprenderam a fazer um som polido, bastante entrosado e pop até a medula. Não é de se estranhar o fato de que um dos empresários do duo, Luiz Antonio Pedreira, rejeita o rótulo de dupla sertaneja para eles.
Victor & Leo seguem a receita de inúmeros artistas internacionais, como Gart Brooks, Shania Twain, Amy Grant e Beyoncé, só para citar alguns nomes.
A estratégia é a seguinte: parta de uma base inicial mais restrita (country, funk, música religiosa, etc) e amplie com o tempo esse horizonte sonoro, de forma a se tornar pop. Dessa forma, você tem uma base fiel de público e simultaneamente invade outras praias musicais.
Lógico que não é todo mundo que consegue tornar viável essa mistura. E é esse um dos grandes méritos de Victor & Leo. Do sertanejo, eles mantêm o canto em duo, a aposta em eventuais acordeons e também uma ou outra música sertaneja de raiz.
Do country rock, vem a energia, os violões de cordas de nylon e aço e as harmonias vocais. E da MPB de tendência romântica - especialmente do grupo Roupa Nova - surgem as melodias doces, sem surpresas, com a dose certa de elaboração, de forma a não complicar a sua assimilação pelo grande público.
A presença de palco dos irmãos é muito boa. Victor assume o papel do músico da dupla, tocando violão com bastante competência e se incumbindo com frequência dos solos instrumentais - que faz de forma simples e eficiente.
Como não carrega um instrumento, Leo fica com a missão de ser o principal foco vocal e também de correr mais pelo palco.
A banda que os acompanha é bem eficiente e tem duas características que a diferencia da maior parte da concorrência: não tem vocalistas de apoio, metais e dançarinas - o que tira um pouco do glacê brega que permeia algumas das duplas sertanejas pop.
E temos, é lógico, o fator visual. Victor & Leo fazem o tipo modelo ou ator de novela: altos, em boa forma física, usando um visual casual chic... Mas isso seria de pouca serventia, caso o conteúdo musical de seu trabalho não fosse bem resolvido.
Além de músicas próprias como Deus e Eu no Sertão e Borboletas, eles também se valem de material alheio em shows e discos. E essas escolhas falam muito sobre suas tendências musicais.
60 Dias Apaixonado, por exemplo, é da fase em que Chitãozinho & Xororó apostavam nas raízes da música sertaneja. Nova York, de Chrystian & Ralf, tem um espírito roqueiro típico daquela dupla.
Aliás, esses dois duos sertanejos sempre tiveram como marca o espírito pop de experimentar novos rumos.
E tem a releitura de Anunciação, de Alceu Valença, outro especialista em misturas e um decano da MPB. E o espírito geral é puro Roupa Nova, no sentido de polidez, de eficiência instrumental e de limpeza sonora.
O primeiro ponto é a experiência deles como músicos da noite. Durante 14 anos, eles tocaram em bares de São Paulo e Belo Horizonte. No repertório, canções de diversos estilos. Quem atua nessa área sabe: o importante é agradar o público, custe o que custar.
Nesse tempo todo, Victor & Leo aprenderam a fazer um som polido, bastante entrosado e pop até a medula. Não é de se estranhar o fato de que um dos empresários do duo, Luiz Antonio Pedreira, rejeita o rótulo de dupla sertaneja para eles.
Victor & Leo seguem a receita de inúmeros artistas internacionais, como Gart Brooks, Shania Twain, Amy Grant e Beyoncé, só para citar alguns nomes.
A estratégia é a seguinte: parta de uma base inicial mais restrita (country, funk, música religiosa, etc) e amplie com o tempo esse horizonte sonoro, de forma a se tornar pop. Dessa forma, você tem uma base fiel de público e simultaneamente invade outras praias musicais.
Lógico que não é todo mundo que consegue tornar viável essa mistura. E é esse um dos grandes méritos de Victor & Leo. Do sertanejo, eles mantêm o canto em duo, a aposta em eventuais acordeons e também uma ou outra música sertaneja de raiz.
Do country rock, vem a energia, os violões de cordas de nylon e aço e as harmonias vocais. E da MPB de tendência romântica - especialmente do grupo Roupa Nova - surgem as melodias doces, sem surpresas, com a dose certa de elaboração, de forma a não complicar a sua assimilação pelo grande público.
A presença de palco dos irmãos é muito boa. Victor assume o papel do músico da dupla, tocando violão com bastante competência e se incumbindo com frequência dos solos instrumentais - que faz de forma simples e eficiente.
Como não carrega um instrumento, Leo fica com a missão de ser o principal foco vocal e também de correr mais pelo palco.
A banda que os acompanha é bem eficiente e tem duas características que a diferencia da maior parte da concorrência: não tem vocalistas de apoio, metais e dançarinas - o que tira um pouco do glacê brega que permeia algumas das duplas sertanejas pop.
E temos, é lógico, o fator visual. Victor & Leo fazem o tipo modelo ou ator de novela: altos, em boa forma física, usando um visual casual chic... Mas isso seria de pouca serventia, caso o conteúdo musical de seu trabalho não fosse bem resolvido.
Além de músicas próprias como Deus e Eu no Sertão e Borboletas, eles também se valem de material alheio em shows e discos. E essas escolhas falam muito sobre suas tendências musicais.
60 Dias Apaixonado, por exemplo, é da fase em que Chitãozinho & Xororó apostavam nas raízes da música sertaneja. Nova York, de Chrystian & Ralf, tem um espírito roqueiro típico daquela dupla.
Aliás, esses dois duos sertanejos sempre tiveram como marca o espírito pop de experimentar novos rumos.
E tem a releitura de Anunciação, de Alceu Valença, outro especialista em misturas e um decano da MPB. E o espírito geral é puro Roupa Nova, no sentido de polidez, de eficiência instrumental e de limpeza sonora.
Fonte: r7.com
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