'Não seguimos tendências'
O sertão foi para a praia, mas permaneceu com os pés e a alma enraizados em letras e espírito. Com o recém-lançado "Ao vivo em Floripa", Victor & Leo chegam à cidade para show no La Rocca, a partir das 22h. A noite tem ainda apresentação da dupla João Neto & Frederico e do DJ Mister Jam. "Ao vivo em Floripa" é o terceiro DVD e décimo CD na carreira da dupla, que já soma 20 anos de carreira. O começo foi na pequena Abre Campo, no interior de Minas. Os caminhos da vida os levaram para Belo Horizonte e São Paulo, onde estouraram. "De repente estávamos ali, eu e meu irmão, ao vivo na magnífica Florianópolis. E entre luzes e sons, plateia impecável e artistas espetaculares, tudo simplesmente aconteceu. Não vi começar e não percebi o final", conta Victor.
Tribuna - Como congregar tantas influências e continuar com o sertanejo de raiz?
Leo - É uma mistura. Além da música de raiz, temos canções com pegada mais rock, que é uma influência muito forte nossa. Eu adoro rock'n'roll, R&B, folk, blues. O Victor tem uma referência forte com o blues. Ao mesmo tempo em que estou lá na fazenda ouvindo Trio Parada Dura, Sérgio Reis, Almir Sater, Chitãozinho & Xororó, Milionário & José Rico, estou no meu carro curtindo Guns N' Roses, Eagles.
Tribuna - No último DVD, 'Ao vivo em Floripa', vocês assinam a produção e direção artística. Como foi exercer esta função? Em que isso contribuiu para o resultado final do trabalho?
Leo - Hoje nós temos um pouco menos de tempo para isso. Eu não sei se vamos continuar fazendo sempre as produções, os arranjos, não sei como vai ser daqui para frente, mas até hoje nós fizemos questão de fazer tudo. Mesmo com a agenda corrida e os compromissos, nós entramos em estúdio para fazer. Eu acho que isso está diretamente ligado à característica principal da dupla, que é ser original. Nós não nos ligamos muito nas tendências. Temos um pouquinho de razão, de emoção, mas eu acho que o fator mais importante não é isso, é aquilo que nos emociona e a originalidade. Temos uma vontade de inovar cada vez mais. A cada trabalho que fazemos, queremos fazer diferente do que está rolando e do anterior. Isso está diretamente ligado ao fato de sempre querermos melhorar e evoluir. E, para isso, temos que estar com o dedinho lá, produzindo e fazendo os arranjos.
Tribuna - O trabalho conta ainda com várias participações especiais, desde representantes do sertanejo de raiz até nomes como Nando Reis. Como vocês pensaram essas participações e o que cada uma delas agregou ao álbum?
Leo - Todas as participações do DVD foram muito verdadeiras. Temos uma admiração por todas elas e também uma referência musical com cada.
Tribuna - "Vida boa" e "Lem casa" são duas músicas que representam bastante o estilo de vida do interior, que muitas pessoas hoje nem conhecem de fato. Qual foi a inspiração para criá-las?
Victor - Em nossa própria criação. Além destas canções, há outras que compus, como "Deus e eu no sertão", que falam exatamente do que vivemos em nossa infância e adolescência. Vira uma forma de passar a paz bucólica do interior para quem nos ouve.
Tribuna - A música de vocês atrai a todas as idades. Vemos crianças cantando, por exemplo, "Borboletas" e adultos indo aos shows. Ao que vocês atribuem essa pluralidade de público?
Victor - Acredito que isso seja o reflexo da diversidade de influências que temos, que vão desde a música regional ao rock. Ao mesmo tempo, nossas letras são mais puras, de forma que podem ser ouvidas e cantadas por crianças e pais.
Tribuna - Há muitas "variações" do sertanejo hoje. Para vocês, essa música ainda pode ser considerada sertaneja?
Victor - Acho que há um limite nisso. Se uma canção ou um CD passam muito longe da essência, que vem do sertão e das canções de raiz, pode ser que virem outra coisa. Há muita coisa chamada de 'sertanejo' que do sertão nada possui. Mas acho que o importante é que os artistas pratiquem seu melhor resultado musical e se prendam menos aos modismos.
Fonte: Tribuna de Minas.
Tribuna - Como congregar tantas influências e continuar com o sertanejo de raiz?
Leo - É uma mistura. Além da música de raiz, temos canções com pegada mais rock, que é uma influência muito forte nossa. Eu adoro rock'n'roll, R&B, folk, blues. O Victor tem uma referência forte com o blues. Ao mesmo tempo em que estou lá na fazenda ouvindo Trio Parada Dura, Sérgio Reis, Almir Sater, Chitãozinho & Xororó, Milionário & José Rico, estou no meu carro curtindo Guns N' Roses, Eagles.
Tribuna - No último DVD, 'Ao vivo em Floripa', vocês assinam a produção e direção artística. Como foi exercer esta função? Em que isso contribuiu para o resultado final do trabalho?
Leo - Hoje nós temos um pouco menos de tempo para isso. Eu não sei se vamos continuar fazendo sempre as produções, os arranjos, não sei como vai ser daqui para frente, mas até hoje nós fizemos questão de fazer tudo. Mesmo com a agenda corrida e os compromissos, nós entramos em estúdio para fazer. Eu acho que isso está diretamente ligado à característica principal da dupla, que é ser original. Nós não nos ligamos muito nas tendências. Temos um pouquinho de razão, de emoção, mas eu acho que o fator mais importante não é isso, é aquilo que nos emociona e a originalidade. Temos uma vontade de inovar cada vez mais. A cada trabalho que fazemos, queremos fazer diferente do que está rolando e do anterior. Isso está diretamente ligado ao fato de sempre querermos melhorar e evoluir. E, para isso, temos que estar com o dedinho lá, produzindo e fazendo os arranjos.
Tribuna - O trabalho conta ainda com várias participações especiais, desde representantes do sertanejo de raiz até nomes como Nando Reis. Como vocês pensaram essas participações e o que cada uma delas agregou ao álbum?
Leo - Todas as participações do DVD foram muito verdadeiras. Temos uma admiração por todas elas e também uma referência musical com cada.
Tribuna - "Vida boa" e "Lem casa" são duas músicas que representam bastante o estilo de vida do interior, que muitas pessoas hoje nem conhecem de fato. Qual foi a inspiração para criá-las?
Victor - Em nossa própria criação. Além destas canções, há outras que compus, como "Deus e eu no sertão", que falam exatamente do que vivemos em nossa infância e adolescência. Vira uma forma de passar a paz bucólica do interior para quem nos ouve.
Tribuna - A música de vocês atrai a todas as idades. Vemos crianças cantando, por exemplo, "Borboletas" e adultos indo aos shows. Ao que vocês atribuem essa pluralidade de público?
Victor - Acredito que isso seja o reflexo da diversidade de influências que temos, que vão desde a música regional ao rock. Ao mesmo tempo, nossas letras são mais puras, de forma que podem ser ouvidas e cantadas por crianças e pais.
Tribuna - Há muitas "variações" do sertanejo hoje. Para vocês, essa música ainda pode ser considerada sertaneja?
Victor - Acho que há um limite nisso. Se uma canção ou um CD passam muito longe da essência, que vem do sertão e das canções de raiz, pode ser que virem outra coisa. Há muita coisa chamada de 'sertanejo' que do sertão nada possui. Mas acho que o importante é que os artistas pratiquem seu melhor resultado musical e se prendam menos aos modismos.
Fonte: Tribuna de Minas.
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