terça-feira, 3 de março de 2009

Matéria Públicada no Jornal Gazeta do Sul




Emoção sem fronteiras
MÚSICA > VICTOR, DA DUPLA VICTOR & LEO, VISITA SANTA CRUZ DO SUL

Melissa Bulegon
melissa@gazetadosul.com.br

Depois de ter conquistado fãs de Norte a Sul do Brasil, a dupla Victor & Leo ultrapassa fronteiras. Os cantores de maior sucesso no País na atualidade estiveram no México, Porto Rico e Miami – reduto latino nos Estados Unidos – para a divulgação do CD Nada es normal. O álbum conta com dez composições em espanhol. “Gravar este CD foi um desafio porque a gente não falava nada em espanhol. Assim como fizemos no Brasil, respeitando as características de cada região do Brasil, queremos levar as boas energias e os bons valores para toda a América Latina”, confessou Victor.

A exemplo do sucesso alcançado em território nacional, Victor & Leo estão emplacando músicas entre as mais pedidas também nos países vizinhos, como no México e na Colômbia. Sem falar nas solicitações de visitas já feitas por Argentina e Chile. E se já não era simples administrar a carreira antes, agora ficou ainda mais difícil. “Nós temos que cumprir nossa agenda aqui e agora também no exterior, onde realizamos às vezes 20 entrevistas em um dia, ou seja, fazemos em dias o que normalmente cumprimos em meses”, comparou.

Entretanto, em meio à nova realidade profissional, o cantor conseguiu uma folga de cinco dias para prestigiar formatura em Jornalismo da namorada, a santa-cruzense Camila Falleiro, ocorrida no último final de semana em Santa Maria. Após as comemorações, o casal veio para Santa Cruz do Sul. Durante a visita à cidade que tanto surpreendeu o artista devido ao verde exuberante e à educação do povo, o cantor esteve na Gazeta Grupo de Comunicações, onde concedeu entrevistas e atendeu fãs. Confira os principais trechos do bate-papo:

Carreira internacional
“O trabalho está indo superbem em toda a América Latina. A energia que nos propomos levar estamos conseguindo. Começamos a divulgação do CD pelo México por ser um país mais central e aos poucos seguimos por toda a América Latina. Conquistamos muitos fãs e muitas músicas já estão na cabeça das pessoas. Estamos na quarta semana em primeiro lugar na Colômbia e ficamos por duas semanas em primeiro lugar no México.”

Influência gaúcha
“Ouvimos sanfona desde criança, não só nas músicas mineiras, mas também do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, algumas até paraguaias. Quando o nosso acordeonista (o gaúcho Luciano,de Caxias do Sul) veio fazer parte do nosso trabalho, dissemos que queríamos arranjos próprios, que seguissem o nosso conceito. Mas é claro que tem influência gaúcha, que pode ser conferida até mesmo na própria versão feita de Milonga para as Missões.”

Sertanejo universitário
“Não temos nada contra o rótulo, não o consideramos agressivo, só que não concordamos. (...) Temos algo nosso, um estilo próprio. Nós criamos arranjos, produzimos, interpretamos, tocamos e compomos de um jeito nosso. Podem chamar do que quiser, o importante é que a gente continue subindo ao palco a nossa verdade. E a nossa verdade é fazermos uma música com energia.”

Inspiração para outros
“Muitos artistas nos dizem que têm a influência do nosso trabalho e isso aumenta a nossa responsabilidade e faz com que sigamos melhorando para que os nossos próximos trabalhos sejam melhores e muito mais ricos.”

Composição das letras
“Algumas surgem de histórias próprias, outras de filmes que assisti e algumas de pessoas que passaram por minha vida. Mas o importante mesmo é que haja emoção. E a emoção sentida na criação da canção é sempre diferente da emoção gerada em quem escuta.”

Planos para 2009
“Nesses nossos 17 anos de carreira, em cada ano a gente cresceu um pouco e isso continua sendo nosso objetivo. (...) É preciso continuar crescendo e aprendendo todo dia para conseguirmos fazer um trabalho cada vez melhor.”

Duas energias
“Deus e amor são as energias que regem nosso trabalho. Cada show é único. É preciso fazer valer o ingresso que a pessoa pagou e tornar o momento único. (...) Se você não servir através daquilo que você faz e fazê-lo com amor, a sua vida vai passar e você vai ver que ela não fez sentido.”

O assédio
“As pessoas vêem na música uma energia de emoções. E vêem no artista o palpável, o instrumento dessas emoções. Por isso, é preciso que o artista use a música para passar bons valores. O que não pode é se ver como uma estrela. Eu não me sinto ídolo.”









Fonte: Gazeta do Sul - Públicado em 03/03/2009
Fotos: Lula Helfer/Ag. Assmann

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