Victor e Leo iniciaram nesta quinta-feira (12) mais uma turnê em São Paulo. Serão, no total, quatro shows no Citibank Hall (antigo Credicard Hall), com novos palco e repertório. Entre as canções, estão as já conhecidas “Boa sorte pra você”, “Fada” e “Deus e eu no sertão” e as novas “Amor.com”, “Conheço pelo cheiro” e “Na linha do tempo”.
Além dos hits que empolgaram a plateia, a apresentação contou com um divertido momento em que Leo errou a letra da canção “Vamos fugir” e um emocionante pedido de casamento no palco protagonizado por um casal de fãs da dupla.
Antes de subir ao palco, a dupla falou sobre a pesquisa do Ibope que
mostra que a música sertaneja é a mais ouvida pelos brasileiros
atualmente. “Isso já tem há muitos anos. Vejo a música sertaneja como
sendo uma página muito forte dentro da cultura musical brasileira. O que
acontece é que públicos novos vem indo a eventos da música sertaneja.
Aconteceu uma renovação. Acho ótimo”, afirmou Leo. O cantor acredita
ainda que a música sertaneja tem se misturado, cada vez mais, com outros
ritmos. “Vejo a música brasileira cada vez mais universalizada. Acho
bom para a cultura de forma geral”, afirmou o cantor.
Ele ainda relembrou uma conversa que teve recentemente com o cantor Renato Teixeira
sobre o assunto. “Ele falou que os artistas do meio precisam se unir
mais e aproveitar isso de uma forma bacana. Vejo isso com bons olhos”.
Victor discorda, não só do irmão, quanto do resultado da pesquisa em
si. “Acho que o gênero sertanejo, se ele existe, vai de mal a pior.
Talvez seja um dos gêneros menos explorados atualmente. Acho que a
música sertaneja é a menos ouvida no país. Se você disser, ‘Na linha do
tempo’, que está em primeiro lugar (nas mais tocadas). Não é música
sertaneja. Se alguém disser: ‘ah, é música sertaneja evoluída’. Não, não
é. É música romântica pop. Isso tem que ser assumido”, apontou o
cantor, que citou “Tudo bem”, outra faixa do álbum “Viva por mim” como
uma faixa que conta com a vertente do sertão.
“Aquilo que traz o sertão e tem uma vestimenta da viola caipira, ou
do violão rasqueado, do caboclo, essas coisas todas misturadas, formaram
um gênero chamado sertanejo. E depois as duplas vieram cantando outras
coisas. Ou continuaram com o romantismo, mas cantando outras coisas,
pop, rock, soul. Victor e Leo é isso, é uma mistura. A gente não tira o
pé do sertão e sempre mantém alguma coisa na vertente, mas ‘Borboletas’ e
outras coisas mais não são música sertaneja”.
Apostas femininas
Outro tema abordado com Victor e Leo antes do show foi a aposta deles
em mulheres na música sertaneja. Depois de contarem com a participação
de Nice no premiado álbum “Ao Vivo em Floripa”, Leo agora se dedica à produção do álbum de Lucyana.
A dupla conheceu a cantora quando se apresentava nas noites de São
Paulo e voltaram a se reencontrar em 2012 quando selaram uma parceria.
“A Nice é uma cantora que a gente teve a oportunidade de conhecer no
interior. Teve uma participação no DVD de Floripa e o Victor produziu o
CD dela. A Lucyana é uma conhecida nossa há muitos anos e já era uma
pessoa com quem a gente tinha contato. Quando a vi ano passado, fiquei
surpreso do tanto que ela tinha evoluído como cantora”, relembrou Leo,
que começou a produzir o álbum da cantora, previsto para ser lançado no
primeiro semestre de 2014.
Enquanto isso, Nice aguarda a chegada de seu álbum no mercado. “O
disco está pronto. Há uns quatro meses ele já está masterizado. Demora
para quem está aguardando ou tem alguma expectativa. Mas para nós, está
dentro de um tempo natural. E a gente precisa também saber a hora certa
de lançar isso porque é preciso uma gravadora. E não basta que a
gravadora lance, ela tem que apostar. Senão vira um produto engavetado.
Estamos com planos prósperos para ela, acreditamos no trabalho dela”,
afirmou Victor, explicando o motivo de o CD ainda não estar no mercado.
Fonte: IG Sertanejo por Marília Neves.
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