Aconteceu exatamente como se previa. Quando a dupla de maior sucesso do sertanejo atual entrou na arena de shows da Festa do Chocolate de Ribeirão Pires no último domingo, a tenda multicultural estremeceu. Oito mil pessoas gritaram em uníssomo o nome de Victor & Leo e fizeram a “terceira voz” em todas as canções. Foi mesmo um momento mágico. Crianças e adultos, novas e velhas gerações de fãs não arredaram pé antes que o dueto encerrasse quase duas horas de apresentação. Ninguém parecia se preocupar com os ponteiros do relógio avançando após às 23h e a segunda-feira chegando implacável.
Solícitos, V&L dançaram com fãs no palco, atenderam a pedidos de canções e emendaram sem intervalo os sucessos que edificaram uma das carreiras mais prósperas no país graças a um repertório único de sertanejo renovado, com mistura de ritmos. V&L comemoram 20 anos de carreira em 2012 e lançaram neste mês o 10º CD -- “Ao Vivo em Floripa”, gravado em Florianópolis em março. Anunciaram para agosto o respectivo DVD, o 3º ao vivo.
Mais uma vez o trabalho traz na maioria composições de Victor e outra característica própria que a dupla não abre mão: músicas, arranjos, direção e produção feitos de próprio punho. Além de canções inéditas encabeçadas por “Não Me Perdoei”, há participações especiais de Chitãozinho & Xororó, Nando Reis, Pepeu Gomes e Thiaguinho. Após o show, a dupla V&L falou ao RD e à imprensa.
Após mais de 3 milhões de cópias vendidas até 2011, como é a chegada de um novo CD/DVD? O meio artístico pressiona para se bater marcas a cada lançamento ou vocês mesmos se fazem essa exigência?
LEO -- Temos noção de que o mercado é competitivo, uma guerra mesmo, mas procuramos não entrar nisso. Procuramos fazer um trabalho 70% coração e 30% olhando o mercado.
VICTOR -- Não, os outros 30% também são coração (risos...).
LEO -- Buscamos trabalhar com aquilo que emociona, que desperte sorriso, reflexão, que acrescente valores. Queremos que nossa arte seja útil. Não se trata de vender por vender, de fazer sucesso a qualquer custo.
Vocês se recriaram ao longo desses 20 anos ou o segredo é justamente ficar constante num estilo de música?
VICTOR -- Maturidade é a melhor coisa na vida. Na música dá para manter e renovar.
Como assim?
VICTOR -- Chamo isso de essência renovada. Mantemos nossa veia artística, continuamos a falar do sertão, só que dentro de uma linguagem contemporânea. Continuamos tendo como referência a roça cantada por Sérgio Reis, Renato Teixeira, mas também nos influenciam gerações como Dire Straits, James Taylor, Eric Clapton. É um sertanejo revisitado e o importante é que todos gostem.
Com o reconhecimento que explodiu nos últimos cinco anos e shows praticamente todos os dias, sobra tempo para curtir o sucesso?
VICTOR -- Não é fácil, é difícil, diria que é trabalhoso. Às vezes encontro alguém de relações mais antigas dizendo: “Cara, que saudade do tempo em que vocês ralavam”. Mas é hoje que a gente rala muito. São 14, 15 horas diárias. Temos noção da responsabilidade da fama e queremos fazer diferente na vida de alguém. Não é só focar numa conta bancária.
Vocês chegam com repertório pronto ou cada show tem energia especial?
LEO -- Temos um repertório básico, pré-determinado. Mas improvisamos, sim. Dependendo do calor da plateia, da receptividade para um estilo mais de raiz ou mais romântico, mudamos algumas apresentações.
Vocês saíram de apresentações em bares direto para o sucesso, ou melhor, para o topo do sucesso como sertanejos mais premiados dos últimos anos. Há ainda sonhos a realizar?
LEO -- Ter uma carreira duradora. Cada ano, a cada lançamento, a gente acrescenta um tijolinho para ter essa base bem estruturada.
Vocês sempre se manifestam em favor de valores como respeito humano, família, enaltecem muito a fraternidade como irmãos. Um ídolo deve mesmo emprestar a visibilidade para mostrar esse lado cidadão?
VICTOR -- Se as pessoas absorverem um pouco do que cantamos, das mensagens que procuramos transmitir, fico satisfeito. Sinto um pouco de falta de conduta social, de respeito ao próximo tão esquecido. Me preocupa o futuro de crianças e jovens sem referência educacional sólida, e não é só educação escolar, porque essa vai mal também.
Solícitos, V&L dançaram com fãs no palco, atenderam a pedidos de canções e emendaram sem intervalo os sucessos que edificaram uma das carreiras mais prósperas no país graças a um repertório único de sertanejo renovado, com mistura de ritmos. V&L comemoram 20 anos de carreira em 2012 e lançaram neste mês o 10º CD -- “Ao Vivo em Floripa”, gravado em Florianópolis em março. Anunciaram para agosto o respectivo DVD, o 3º ao vivo.
Mais uma vez o trabalho traz na maioria composições de Victor e outra característica própria que a dupla não abre mão: músicas, arranjos, direção e produção feitos de próprio punho. Além de canções inéditas encabeçadas por “Não Me Perdoei”, há participações especiais de Chitãozinho & Xororó, Nando Reis, Pepeu Gomes e Thiaguinho. Após o show, a dupla V&L falou ao RD e à imprensa.
Após mais de 3 milhões de cópias vendidas até 2011, como é a chegada de um novo CD/DVD? O meio artístico pressiona para se bater marcas a cada lançamento ou vocês mesmos se fazem essa exigência?
LEO -- Temos noção de que o mercado é competitivo, uma guerra mesmo, mas procuramos não entrar nisso. Procuramos fazer um trabalho 70% coração e 30% olhando o mercado.
VICTOR -- Não, os outros 30% também são coração (risos...).
LEO -- Buscamos trabalhar com aquilo que emociona, que desperte sorriso, reflexão, que acrescente valores. Queremos que nossa arte seja útil. Não se trata de vender por vender, de fazer sucesso a qualquer custo.
Vocês se recriaram ao longo desses 20 anos ou o segredo é justamente ficar constante num estilo de música?
VICTOR -- Maturidade é a melhor coisa na vida. Na música dá para manter e renovar.
Como assim?
VICTOR -- Chamo isso de essência renovada. Mantemos nossa veia artística, continuamos a falar do sertão, só que dentro de uma linguagem contemporânea. Continuamos tendo como referência a roça cantada por Sérgio Reis, Renato Teixeira, mas também nos influenciam gerações como Dire Straits, James Taylor, Eric Clapton. É um sertanejo revisitado e o importante é que todos gostem.
Com o reconhecimento que explodiu nos últimos cinco anos e shows praticamente todos os dias, sobra tempo para curtir o sucesso?
VICTOR -- Não é fácil, é difícil, diria que é trabalhoso. Às vezes encontro alguém de relações mais antigas dizendo: “Cara, que saudade do tempo em que vocês ralavam”. Mas é hoje que a gente rala muito. São 14, 15 horas diárias. Temos noção da responsabilidade da fama e queremos fazer diferente na vida de alguém. Não é só focar numa conta bancária.
Vocês chegam com repertório pronto ou cada show tem energia especial?
LEO -- Temos um repertório básico, pré-determinado. Mas improvisamos, sim. Dependendo do calor da plateia, da receptividade para um estilo mais de raiz ou mais romântico, mudamos algumas apresentações.
Vocês saíram de apresentações em bares direto para o sucesso, ou melhor, para o topo do sucesso como sertanejos mais premiados dos últimos anos. Há ainda sonhos a realizar?
LEO -- Ter uma carreira duradora. Cada ano, a cada lançamento, a gente acrescenta um tijolinho para ter essa base bem estruturada.
Vocês sempre se manifestam em favor de valores como respeito humano, família, enaltecem muito a fraternidade como irmãos. Um ídolo deve mesmo emprestar a visibilidade para mostrar esse lado cidadão?
VICTOR -- Se as pessoas absorverem um pouco do que cantamos, das mensagens que procuramos transmitir, fico satisfeito. Sinto um pouco de falta de conduta social, de respeito ao próximo tão esquecido. Me preocupa o futuro de crianças e jovens sem referência educacional sólida, e não é só educação escolar, porque essa vai mal também.
Fonte: Repórter Diário.
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